- IST
É um grupo de doenças contraídas por meio do ato sexual, sem proteção (camisinha), onde há troca de fluídos dos órgãos genitais. Elas podem ser de origem viral, bacteriana ou por parasitas.
São associadas a frequente troca de parceiros, mas casais sadios também podem apresentar IST’s como a candidíase.
Consideradas um problema de saúde pública e com tratamento complexo, essas doenças podem gerar graves complicações como esterilidade, aborto, deficiência física e mental.
- SÍFILIS
iST causada pela bactéria Treponema pallidum, muito disseminada entre pessoas jovens. A doença pode se manifestar de diversas formas, dependendo do seu estágio. Se não for tratada, pode durar anos e tornar-se mais grave com o passar do tempo.
- SINTOMAS
O primeiro sinal é uma ferida discreta que pode surgir no pênis, vulva, vagina, colo do útero, ânus ou boca. A ferida não provoca dor e desaparece mesmo sem tratamento, o que sugere cura. Entretanto a bactéria continua presente no sangue e a doença evoluindo.
Depois de alguns meses, podem aparecer manchas pelo corpo e aumento de gânglios linfáticos, conhecidos como “ínguas”, que também se resolvem espontaneamente.
Com o passar dos anos, a sífilis pode causar lesões em diversos órgãos, chegando na fase tardia que causa doenças cardíacas e neurológicas, podendo levar à morte
- CANCRO MOLE
IST causada pela bactéria Haemophilus ducreyi, sendo mais comum em regiões tropicais.
- SINTOMAS
O cancro mole caracteriza-se pelo aparecimento de uma ou mais feridas dolorosas nos órgãos genitais, com pus e odor desagradável. Outras feridas podem surgir quando a pessoa se coça. Algumas semanas depois, costumam aparecer ínguas dolorosas na virilha. O período de incubação do cancro mole é de 3 a 5 dias.
- CONDILOMA ACUMINADO
Também conhecido como crista de galo, figueira e cavalo de crista, o condiloma acuminado é causado pelo HPV (Papiloma vírus humano).
- SINTOMAS
Esse tipo de IST provoca o aparecimento de verrugas na região do ânus e dos órgãos genitais. Logo no início, podem aparecer uma ou duas verrugas pequenas. Nessa fase, a doença pode ser curada em poucos dias. Sem tratamento, as verrugas se espalham e ficam com um aspecto semelhante ao de uma couve-flor.
- DOENÇA INFAMATÓRIA PÉLVICA (DIP)
Ocorre quando a gonorreia e a infecção por clamídia atingem os órgãos reprodutivos da mulher (útero, trompas e ovários) e provoca inflamações.
- SINTOMAS
A DIP provoca desconforto ou dor abdominal no baixo ventre (“pé da barriga”), dor durante a relação sexual, fadiga, vômitos e febre.
- DONOVANOSE
IST causada pela bactéria Klebsiella granulomatis, que atinge principalmente a pele e as mucosas das regiões genitais, virilha e ânus, causando úlceras e destruição da pele infectada.
- SINTOMAS
Após a infecção, surge uma lesão que se transforma em uma ferida ou num caroço vermelho. A ferida sangra facilmente e pode afetar grandes áreas, comprometendo a pele ao redor e favorecendo a infecção por outras bactérias.
- GONORRÉIA E CLAMÍDIA
ISTs causadas pelas bactérias Neisseria gonorrhoeae e Clamídia trachomatis. Surgem associadas na maioria dos casos, causando infecção em órgãos genitais, garganta e olhos.
- SINTOMAS
Grande parte das mulheres infectadas não apresenta sintomas. Quando surgem, podem causar dor ao urinar ou dor no baixo ventre (pé da barriga), corrimento amarelado, dor ou sangramento durante as relações sexuais. Nos homens, pode provocar ardência ao urinar, corrimento ou pus e dor nos testículos.
- HERPES GENITAL
IST provocada por vírus que atinge órgãos genitais e ânus. O herpes genital desaparece e volta a aparecer depois de algum tempo, normalmente nos mesmos locais. A doença só é transmitida quando a pessoa apresenta os sintomas.
- SINTOMAS
No início, surgem bolhas muito pequenas agrupadas, localizadas sobretudo na vulva, no pênis ou ao redor do ânus. As bolhas podem se romper quando a pessoa se coça, causando pequenas feridas e dor tipo queimação. Pode causar corrimento e dificuldade para urinar, tanto em homens como em mulheres.
- LINFOGRANULOMA VENÉREO (LGV)
IST causada pela Chlamydia trachomatis, também conhecida como “mula”, que acomete os órgãos genitais e os gânglios linfáticos da virilha.
- SINTOMAS
Os primeiros sintomas são febre, dor muscular, presença de caroço nas virilhas (íngua) e uma ferida pequena nos órgãos genitais. A ferida normalmente não dói e pode passar despercebida.
Cerca de 7 a 30 dias depois, as ínguas aumentam de tamanho, rompem-se e eliminam pus. Se a doença for adquirida por sexo anal, pode provocar dificuldade para defecar devido ao inchaço dos gânglios da parte interna do ânus.
- TRICOMANÍASE
Este tipo de IST não é causado por vírus ou bactérias, mas pelo protozoário Trichomonas vaginalis. A doença é o tipo mais frequente de vulvovaginite na mulher adulta.
- SINTOMAS
Corrimento amarelado e com mau cheiro, coceira e irritação na vagina e dor durante a relação sexual.
- CANDIDÍASE
IST causada por um fungo do gênero Cândida. Frequente nas mulheres, e a mais frequente vulvovaginite nas mulheres grávidas. Sua transmissão pode ser tanto sexual quanto por contaminação a partir do sistema gastrintestinal. Pode ser recidivante.
- SINTOMAS
Presença de corrimento esbranquiçado, podendo haver grumos, vermelhidão na vagina, coceira intensa, dor ao urinar e desconforto durante a relação sexual.
- FATORES DE RISCO
O maior fator de risco é o contato sexual promíscuo sem proteção, que é caracterizado por pessoas que tiveram mais que quatro parceiros no último ano e não fizeram uso de preservativo.
Gestantes contaminadas também oferecem risco de transmitir a doença ao feto.
- PREVENÇÃO
A forma mais eficaz e segura de prevenção contra as IST’s é o uso do preservativo.
Existe no mercado modelos femininos e masculinos que, se utilizados de forma correta e durante todo o ato sexual, podem assegurar a não-contaminação. Para quem acredita ter contraído o vírus, também é possível consumir um coquetel em até 72 horas após a exposição.
Algumas doenças também podem ser prevenidas através de vacinas, como o HPV, que é responsável por grande parte das verrugas genitais e o câncer do colo do útero. Neste caso, para maior eficiência a vacinação deve ocorrer em meninas ainda jovens, que não iniciaram a vida sexual.
- DIAGNÓSTICO
Para identificar a presença de bactérias, vírus ou parasitas são feitos exames de sangue que podem ser repetidos para a confirmação do diagnóstico. A avaliação médica para identificação de alguns sintomas também pode indicar a presença desses agentes.
- TRATAMENTO
Pela diversidade de doenças e sintomas, os tratamentos são muitos diversificados. Alguns são apenas de controle e não possuem cura.
Em geral, as indicações médicas são de antibióticos ingeridos via oral e exames para acompanhamento da evolução da doença.
- REFERÊNCIA
https://www.saude.sp.gov.br/ses/perfil/cidadao/temas-de-saude/dst/o-que-sao-dst