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Doenças psicossociais ocupacionais são aquelas relacionadas ao ambiente e condições de trabalho.

Essas patologias estão ligadas a fatores psicossociais como clima organizacional, metas estabelecidas, ritmo das tarefas, mecanismos de cobrança, entre outros.

A seguir, conheça cinco doenças psicossociais frequentemente ligadas ao trabalho:

Burnout

Reconhecida como doença ocupacional em janeiro de 2022, a síndrome de burnout tem como principal característica o esgotamento mental e físico.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, outros sinais da patologia são cinismo, sentimentos negativos sobre o trabalho e queda na eficácia profissional.

A OMS descreve o burnout como “uma síndrome resultante de um estresse crônico no trabalho que não foi administrado com êxito”.

Ansiedade patológica

Usei o termo acima porque dizer apenas que uma pessoa tem ansiedade não significa que ela sofra com uma doença psicossocial.

Níveis relativos de ansiedade são normais e servem para colocar mente e corpo em estado de alerta, a fim de mobilizá-los para ter a máxima dedicação a uma tarefa importante.

O problema começa quando o funcionário perde o controle sobre seus pensamentos, ficando sempre à espera de um evento catastrófico sem motivo real para isso.

Se a ansiedade é patológica, pode desencadear distúrbios como o transtorno de ansiedade generalizada, que mantém a vítima com níveis extremos de preocupação com o amanhã.

Uma simples apresentação para a equipe pode se tornar um pesadelo caso ela pense que não se sairá bem, por exemplo, causando mal-estar, tremores, palpitações e até desmaios.

Depressão

Angústia, tristeza profunda e perda de interesse pelas atividades profissionais são sintomas da depressão no trabalho.

No início, o colaborador pode experimentar queda na produtividade e energia para as tarefas, levando-o a comparecer à empresa apenas por obrigação (fenômeno conhecido como presenteísmo).

Se nada for feito, logo vêm as ausências físicas (absenteísmo) e o adoecimento se intensifica, reforçando crenças limitantes e estados emocionais negativos.

É preciso agir rápido, pois quadros de depressão profunda elevam o risco de suicídio.

 

Transtorno do estresse pós-traumático (TEPT)

Isolamento, humor deprimido e reações exageradas a estímulos externos estão entre os indicativos de transtorno do estresse pós-traumático.

Como o próprio nome sugere, o TEPT sempre tem origem em situações extremas vivenciadas pela vítima, a exemplo de assaltos, acidentes graves de trabalho e tragédias.

Os sintomas aparecem semanas ou alguns meses após a ocorrência, incluindo pesadelos, flashbacks e medo de situações que relembrem o evento traumático.

 Transtorno obsessivo compulsivo (TOC)

É uma doença descrita a partir de uma sequência de pensamentos intrusivos (obsessivos), seguidos por rituais para aliviar a ansiedade deixada pelos pensamentos (compulsões).

Por atingir áreas como organização e higiene, pode interferir na rotina de trabalho, afetando a eficiência do indivíduo e os relacionamentos interpessoais.

Um funcionário que tenha de lavar as mãos freneticamente, por exemplo, pode interromper uma reunião com um cliente importante, apenas para executar esse ritual, caso não o faça, a vítima sente que algo ruim vai acontecer.

 Como prevenir as doenças psicossociais no trabalho?

A prevenção é sempre o melhor caminho, por isso, confira 5 estratégias que podem ser adotadas pela sua empresa para evitar o surgimento e o agravo destas doenças:

1. Controle os riscos psicossociais
Toda empresa deve obedecer à legislação trabalhista, inclusive o disposto nas normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego.
Uma delas é a elaboração do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), que contempla riscos químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes.

2. Invista em treinamento
Capacitar os empregados permite que tenham maior domínio sobre suas tarefas e ferramentas que elevam a produtividade.
Treinamentos ainda criam momentos de troca de experiências, proximidade e conscientização sobre temas relevantes, como a própria saúde mental.

3. Ofereça plano de carreira e benefícios
Insegurança quanto à manutenção do emprego e insatisfação elevam as chances de adoecimento mental.
Essas questões são amenizadas quando o funcionário conhece seu plano de carreira, recebendo incentivo para crescer.
Outra boa pedida é a valorização das pessoas por meio de benefícios corporativos.

4. Monitore o clima organizacional
Por representar a percepção dos colaboradores, o clima serve como termômetro de insatisfação e problemas de relacionamento.
Aposte, então, em pesquisas e outros instrumentos que permitam analisar essa variável.

5. Acompanhe a saúde dos empregados
Além do controle de riscos ocupacionais, a SST determina que os empregadores realizem ações de saúde no trabalho.
Isso engloba exames do PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), capazes de sinalizar o adoecimento mental de maneira precoce.

Sempre que possível, invista em saúde mental para seus colaboradores, a fim de que desenvolvam autoconhecimento e inteligência emocional. Essas competências contribuem para uma maior resiliência no dia a dia, diminuindo o risco de adoecimento.

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